Inevitável,
assim, a conclusão do delegado federal ouvido pela reportagem: “Eu não
tenho a menor dúvida de que alguém cochilou. Agora é preciso saber quem
foi”!
Todavia, como o perigo já
passou (“felizmente”, os engenheiros descobriram, a tempo, “que seria
impossível fazer as fundações”), e a imprensa aparentemente se antecipou
aos órgãos de fiscalização e controle;agora, tão ou mais importante que
saber-se “quem foi” é nos debruçarmos, cientificamente, sobre esse
“case”.
... mormente por que
aconteceu no coração do Rio de Janeiro (Praça Mauá); “vizinho ao
(recém-inaugurado) Museu do Amanhã e ao Museu de Arte do Rio”;
envolvendo o órgão de maior evidência no Brasil hoje (a PF) e a mais
fluente articulação União-Estado-Município no passado recente; na
“região do Rio que mais recebeu investimentos público e privado” em
função do “Porto Maravilha” (cartão postal dessas administrações) e dos
preparativos para os Jogos Olímpicos/2016 – evento midiático global!
Algumas
perguntas são inevitáveis: Fora de tão iluminada vitrine, quanto casos,
qualitativamente congêneres, não devem estar acontecendo Brasil afora?
Quanto dinheiro temos desperdiçado (independentemente de corrupção)?
Quantos benefícios (para a população) estão sendo postergados?
Por
isso, tão ou mais importante que saber-se “quem foi”,seria
identificar-se como foi possível que esse “case” ocorresse. Quantos,
onde e quais foram os “cochilos”. E, ainda mais: Como vacinar o processo
decisório; o planejamento e gestão brasileiros para que não volte a
acontecer casos semelhantes; não é?
*Engenheiro
Eletricista e Economista, Pós-graduado em Engenharia, Administração de
Empresas, Direito da Concorrência e Mediação e Arbitragem.
Publicado também em Folha Diária.
POSTAR UM NOVO COMENTÁRIO
COMENTÁRIOS
Não há comentários postados até o momento. Seja o primeiro!
Erro ao conectar ao banco MySQL: (1203) User debates_emrede already has more than 'max_user_connections' active connectionsErro na Query: ()