Por Ricardo Coelho dos Santos
Um dos “capos” de uma importante família,
Diante de todos, na TV anuncia
Que, da chefia da sua grande quadrilha
Decide: ele nunca, jamais, renuncia!
Tal resolução, tomada lá em Brasília
Foi naquele momento em que mais se cria
Que, caído em ardilosa armadilha,
Uma medida contrária se tomaria.
Já foram tempos em que a sabedoria
Fazia os bandidos de categoria
Evitarem espertamente a Bastilha!
Hoje, sequer, há alguma diplomacia,
Para confundir uma procuradoria
Provando que tudo é uma assacadilha!
Bons chefões já ganharam toda simpatia
Do povo que, deles, lhes era protegido!
E hoje, impera uma enorme antipatia
Sobre o mesmo povo crédulo, sofrido.
Se esse “capo” fosse esperto roubaria
E manteria o povo pobre abastecido.
Um lado pensa que o rico perderia
E o outro ainda gargalha agradecido!
Hoje, o rico está mais enriquecido,
O pobre está cada vez mais esquecido,
E o Chefão, satisfeito, ri de alegria!
Assim, todo o país ficou entristecido,
O povo pobre, em uníssono, unido
Clama alto: “Por que não renunciaria?”.
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