Adolfo Breder
Você não vai ler um artigo sobre administração do tempo. Prometo! O assunto aqui se relaciona com a enxurrada, o tsunami de informações que inundam nossa rotina diária. Em 1995 fui apresentado à Internet comercial e recebi minha primeira conta de e-mail. Vi as facilidades e converti-me imediatamente em usuário. Na época o Yahoo dominava. Informações de todo o conhecimento humano estariam em breve disponíveis. Minha preocupação, em relação aos meus filhos, foi ensinar a pesquisar de forma objetiva e a analisar criticamente os resultados, pois nem tudo é digno de crédito!
Ler jornal, encontrar amigos, fazer compras, trocar ideias, trabalhar em colaboração.... Quantas possibilidades no mundo virtual!
Num desses dias visitei um amigo que confessou acompanhar os artigos que tenho publicado. “Gostei muito de dois artigos. Até salvei na minha máquina para ler depois! ” – Ele disse. Fiquei envaidecido por aquele leitor revelado, mas quando ele vai conseguir ler o que pretende?
As mídias sociais estão em alta. Todas as pessoas, todas as empresas sentem-se na obrigação de estarem no Facebook e noutras mais. Depois de resistir bravamente ao assédio e cobrança geral, por razões profissionais e pessoais, e para não ser considerado rabugento, resolvi dar meus primeiros passos no WhatsApp.
Tenho ficado surpreso de ver deliciosas abobrinhas curtidas e compartilhadas ao infinito. Superficialidade disfarçada em frases de efeito, que param por aí. O pior de tudo nem é o conteúdo, mas o uso limitado e inconcluso das excelentes ferramentas de relacionamento. O privado e o público moram lado a lado e a maioria não consegue distingui-los.
Todos querem saber tudo, ler tudo, ver tudo, opinar sobre tudo.
Sobra algum assunto para o bate-papo presencial?
Ou as conversas tornaram-se competições de quem-sabe-mais ou cópias disfarçadas dos repetitivos telejornais pasteurizados?
Passo ao largo, enquanto a caravana passa na linha do tempo. Uso com critério as esponjas que absorvem o meu tempo líquido! Sempre tenho em mente que ferramentas não são as soluções. Fazem parte das ...!
Foto: do autor – grafite numa rua do Rio de Janeiro.
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