Adolfo Breder
Não saberia enumerar os porquês. A lista é infinita. O dia é delas começou bem cedo e vai
terminar após a saída das visitas. As comemorações são focadas nelas, mas não param um
momento em cuidar, preparar, chamar, servir ...
Vê se vão ter tempo de ler minha crônica dedicada a elas!
Não posso me esquecer da primeira homenagem que fiz para a Lika (minha mãe Alice, que há
15 anos, no dia do meu aniversário, nos presenteou com seu último sorriso!).
Eu devia ter meus 4 ou 5 anos. Ainda com os cabelos lisos e o topete caindo sobre os olhos. Na
Escola Dominical daquele segundo domingo de maio das frias manhãs das Minas Gerais,
montamos uma receita de bolo no palco. Cada criança era um ingrediente, tinha um versinho
decorado e vestia-se a caráter. Fui o OVO!! Roupa de papel crepom sobre armação de arames.
Nunca viram gema mais vermelha! (É como devia estar meu rosto afogueado pela timidez). As
mães se emocionaram com a misturinha. E tenho certeza que entre os meus leitores e leitoras
há quem tenha participado de tal experiência!
Quem conheceu a Lika sabe da sua paixão pelas plantas, que cultivava com um carinho maternal.
E cada visitante que recebia levava para uma volta completa pelo jardim. Mostrava as filhas bem
cuidadas, as quais retribuíam com frescura e beleza a sua gentileza.
Impagáveis lembranças. Emoções que nos sensibilizaram.