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14 AGO. 2016

Filme de Terror



Por: Erlon José Paschoal*

 Uma questão intrincada continua afligindo toda a população brasileira onde tivemos índices horripilantes nos últimos tempos: a violência desmedida, as fraudes, as agressões gratuitas e o crime como manifestação cotidiana nos vários estratos sociais. Somos bombardeados cotidianamente pela mídia televisiva com notícias e imagens de chacinas, esquartejamentos, sequestros relâmpagos, espancamentos, assassinatos fúteis e estupros de crianças, entre outras atrocidades. E o que ainda pior: muitos dos apresentadores de tais programas torpes em todo o país tornam-se celebridades e até mesmo políticos.

Por outro lado, grande parte de nossas crianças e jovens cultuam através de videogames, jogos interativos e atitudes na escola e na rua o exercício da agressividade, da humilhação do outro e do desrespeito ao próximo. Os filmes americanos assistidos diariamente em nossos cinemas e em nossas TVs, especializaram-se em sua maioria em mostrar que o outro, o diferente – o negro, o  muçulmano, o comunista, o refugiado, o terrorista etc -, não vale nada e, portanto, matá-lo, eliminá-lo, é um ato tão simples como comer, beber ou fazer sexo, sem quaisquer consequências éticas ou morais.

O que será que na estruturação de nossa sociedade e em nossa formação moral contribui tanto para o fomento do crime, as condutas infames e a falta de senso de justiça? Tendemos a identificar as raízes da violência apenas nos jovens por eles constarem em maior número das estatísticas de crimes. Mas como fornecer-lhes bons exemplos e oferecer opções e referências de outras formas de agir possíveis e desejáveis?

Cenas de terror e falcatruas escandalosas já fazem parte do nosso dia a dia. No congresso nacional, em inúmeras câmaras municipais e assembleias legislativas parece que uma mão suja a outra. Em muitos casos escabrosos - os vários bilhões oriundos de grandes construtoras aos partidos políticos, por exemplo -, aplica-se a lei do silêncio quanto à real utilização e finalidade desses recursos. Ao mesmo tempo, o despreparo técnico-moral de grande parte de nossas polícias é imoralmente oposto à competência com que se rouba, se desvia, se acoberta, se desmancha, se frauda e se mata em nosso país.

O país assiste no momento, no espaço arquitetônico símbolo de nossa democracia, a uma exibição de desfaçatez, de cinismo e de hipocrisia protagonizada por bandidos engravatados e de toga, e pseudolíderes religiosos que se arvoram em usurpar um governo legitimamente eleito pela maioria da população, que choca qualquer indivíduo civilizado. Um exemplo péssimo e triste para as novas gerações indicando que a falta de ética e de valores, a desonestidade, a patifaria e a vigarice deslavada podem conduzir à riqueza, ao poder e à fama.

Um filme de terror se desenrola muitas vezes na vida privada quando aceitamos os comportamentos torpes como formas de conduta normais, uma vez que não ferem a lógica do que vemos todos os dias na televisão e nos jornais. Na arte grega, destruir ou matar o outro só faria sentido se fosse para almejar a glória. De qualquer modo eram tragédias dotadas de uma profunda dimensão espiritual, mesmo que reprováveis. Não eram ações banais e corriqueiras motivadas por objetivos mesquinhos. Somam-se a isso a variedade de agressões através das redes sociais sofridas por inúmeras pessoas por serem negras, homossexuais, pobres, mulheres ou simplesmente por terem outras ideias sobre política e desigualdade social.

Para Freud, a agressividade e o impulso destrutivo pertencem à esfera do instinto que devem ser controlados pelos valores da civilização.  Nesse sentido, como agimos em nosso cotidiano? Os momentos em que somos submetidos a uma pressão psicológica intensa, por exemplo, testam os fundamentos de nossa existência: os nossos valores, a nossa formação moral, o nosso senso de justiça e o nosso caráter. É a prova dos 9. Podemos afundar na lama ou crescer interiormente. A escolha é nossa.

Temos então todos uma responsabilidade séria diante da vida: deixar referências e exemplos que possam frutificar e serem seguidos por quem já veio e ainda virá ou perpetuarmos o que existe de pior em nossa vida social.

* Diretor de Teatro, Dramaturgo, Escritor e Tradutor de alemão. Gestor cultural com foco em planejamento estratégico, gestão de pessoal e de programas, e em Economia Criativa.

Nota da Redação: Figura  da ilustração obtida na internet.

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