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15 FEV. 2017

O Planeta dos Americanos 2


Por Erlon José Paschoal*

Os norte-americanos continuam empenhados em sua sanha de exterminar opositores e quaisquer resquícios de inimizade islâmica perigosa. A besta loura que assumiu o país com o maior número de armas de destruição em massa do planeta ameaça com violência e empáfia televisiva o mundo democrático. Querem impor sua forma de viver e pensar, nem que tenham de explodir todas as toras, mesquitas e minaretes que ainda teimam em existir. A proibição da entrada de novos muçulmanos no país sela enfim a vitória da democracia imperialista sobre os excluídos. No Iraque, na Síria e no Afeganistão, milhares tiveram a honra de serem atingidos por bombas de milhões de dólares, lançadas por aviões caríssimos, e de terem servido de teste para ataques integrados das Forças de Paz, determinadas a matar até o último homem, caso fosse preciso. Os milhões de refugiados e os milhares de mortos nos bombardeios não passam de pequenos efeitos colaterais, comuns neste tipo de operação, mas que não devem despertar maiores preocupações.

 Mas resta ainda uma pequena dúvida. Quem é mais assassino: aquele que amarra explosivos ao corpo e vai para os ares junto com eles, ou aquele que de um avião ou de um navio, lança uma bomba teleguiada a mais de mil quilômetros de distância?  Ou são ambos assassinos execráveis representantes da barbárie em suas diferentes facetas? Ou como disse a besta loura aprendiz: “Sou livre, e exijo que o mundo inteiro seja livre como eu. E ai de quem discordar! Eliminaremos todos”. Todos precisam então obedecer aos preceitos americanos sob a ameaça de serem deserdados, de não receberem nada, e ainda por cima serem tachados de terroristas. Já pensou?

Como sabemos que os atentados terroristas acabam sempre servindo à direita, os insanos do Pentágono, da Cia e seus respectivos cúmplices tentarão dominar o mundo, espalhar ainda mais bases militares em territórios muçulmanos e subjugar  sem piedade outras culturas e outros povos, que buscam caminhos próprios, tais como o cubano, o norte-coreano, o venezuelano e o chinês, por exemplo. Chegou agora a vez da América Latina ser dividida por um muro gigantesco, um muro da vergonha, ainda maior do que aquele que Israel ergueu para separar o seu gueto prive, a Faixa de Gaza. Na história humana os muros sempre representaram barreiras que separam, segregam, oprimem e deterioram grupos e relações sociais. Se tal aberração se concretizar a América Latina poderia estimular todos os seus habitantes a não mais visitarem os EUA, o que acarretaria um prejuízo considerável a economia daquele país.

Neste contexto, o que será do dito terceiro-mundo de agora em diante? Terão apenas de cumprir ordens ditadas pelos poderosos, sem reclamar e sem ao menos poder fazer uso de um carro-bomba? E enquanto isso, os americanos investem sem cessar no aperfeiçoamento e na criação de novas armas e bombas inteligentes? Que alternativa de defesa restará aos outros povos contra a dominação americana?

Felizmente vivemos num país pacífico, sem guerras e sem extremismos. Com chacinas ou sem chacinas, com desvios ou sem desvios, com banda podre ou sem banda podre, com sequestros ou sem sequestros, vivemos em paz e sem nenhuma grande ameaça à ordem pública.  É claro, temos o corrupto serial, o deputado premeditado, o desviador compulsivo, o vereador maquiado, o policial padrão do crime organizado, o bandido sequestrador fardado, os pequenos inquisidores partidários e fraudulentos, os canalhas cínicos, os golpistas corruptos e o juiz das causas e verbas próprias. Fora isso sobram apenas o saque das verbas públicas, os loteamentos clandestinos do orçamento federal, o roubo indiscriminado, a miséria generalizada, os desmanches de toda ordem, o golpe descarado e o descaso institucionalizado. Mesmo assim estamos bem. Mantendo um crescimento econômico retroativo sob controle e a perspectiva de um salário mínimo, que será o máximo com o ajuste fiscal generalizado, o governo federal é só sorrisos.  Algo inimaginável até pouco tempo atrás quando os patos e as panelas verde amarelas começaram a bater freneticamente. Tudo isso graças ao esforço concentrado de muitas quadrilhas golpistas em conluio com a mídia sórdida e empresários sonegadores.

Enquanto os atuais governantes americanos vão levando a cabo seu plano neonazista megalomaníaco de extermínio e de dominação incondicional do planeta, nós vamos nos preparando para o próximo carnaval. Sem dúvida, há muito por fazer. A massa sem-fálica ainda discute se deve bater panela ou não; se o advogado do PCC é mesmo careca; se há esquemas de enriquecimento ilícito; se a impunidade dos magistrados e políticos golpistas merece continuar impune, se o ensino gratuito e a previdência devem mesmo ser sucateados e acabar, ou se alguma CPI terá outro destino que não seja a pizzaria da esquina. Ao mesmo tempo, precisamos ser otimistas, e lutar para que a vigarice tão cotidiana aqui nos trópicos algum dia tenha fim. Nosso país é lindo e aberto a todas as possibilidades. Façamos dele um gigante acordado, ciente de suas responsabilidades caseiras e mundiais.

Vamos nos negar a tomar o caminho da discriminação, da intolerância e a enaltecer o imperialismo anacrônico e criminoso. Peguemos todos a contramão cultivando o amor e a solidariedade, o respeito ao próximo e o senso de justiça. Só assim uma sociedade mais humana pode vir ao nosso encontro algum dia.

* Gestor cultural, Diretor de Teatro, escritor e tradutor de alemão.
Nota da redação: foto obtida na rede social: https://nemrisp.wordpress.com

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COMENTÁRIOS

  • Postado por: Edson Botelho
    21 FEV. 2017 às 10:37

    Não me surpreende sua lucidez, autêntica e coerente com o pensamento humanista contemporâneo. Todo inicio de século, a história repete as mudanças sociais e políticas de nosso pequeno planeta, entra século, vai século, muda a tecnologia mas é sempre do mesmo. Guerra dos 100 anos, primeira mundial, segunda, Coreia, Vietnã, Iraque, Afeganistão, Síria..., entra sempre um salvador, acredita e convence pela mentira. Mais um século para lembrarmos do que esquecemos.
  • Postado por: aylê-salassié filgueiras quintão
    15 FEV. 2017 às 22:24

    Erlon. Nosso subdesenvolvimento e nossa dependência deixa-nos imobilizados diante da questão sobre a caracterização do \"terrorista\". Como o configuramos: pelas armas, pelas ameaças, pelas maldades, pela cor do cabelo ? É um tema a merecer um segundo artigo. Essa figura precisa ficar mais clara na cabeça do brasileiro.Abraços, e parabéns pelo texto.
  • Postado por: Edson Botelho
    15 FEV. 2017 às 18:04

    Não me surpreende sua lucidez, autêntica e coerente com o pensamento humanista contemporâneo. Todo inicio de século, a história repete as mudanças sociais e políticas de nosso pequeno planeta, entra século, vai século, muda a tecnologia mas é sempre do mesmo. Guerra dos 100 anos, primeira mundial, segunda, Coreia, Vietnã, Iraque, Afeganistão, Síria..., entra sempre um salvador, acredita e convence pela mentira. Mais um século para lembrarmos do que esquecemos.

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