Da redação


            Não há país que suporte tamanha instabilidade. O Brasil republicano (1889-2017)  teve 35 presidentes, mas só 19 completaram o mandato. A responsabilidade de concluí-los coube aos vice presidentes e mais quatro outros com vínculos indiretos com a chefia do Executivo. Esses últimos eram políticos que se impuseram pela força das armas, presidentes do Legislativo ou do Judiciário. Mas, onze dos 25 vice-presidentes  que teve o Brasil republicano(1889-2017) chegaram à chefia do Estado por   algum impedimento do Presidente.
 
            A História é quase omissa em relação ao desempenho dos vices e às agruras passadas por eles no exercício do Poder. O cargo parece amaldiçoado: é o que diz o livro  “PINGUELA”,  do jornalista e historiador Aylê-Salassié F. Quintão. O autor inspirou-se no estigma criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para caracterizar o governo do vice Michel Temer, logo após tomar posse como Presidente da República: “Será uma Pinguela”.  Referia-se ao período em que o impeachment da ex-presidente separava o vice das eleições de 2018.  Os rumos tomados pelo governo coloca para o leitor o dilema de situar Temer  como uma vítima da História  ou um dos protagonistas  do caos  instalado no país. 
 
              O trabalho procura mostrar como o cargo de vice-presidente da República  sempre foi problemático. Ao mesmo tempo em que contemporiza crises na substituição do presidente afastado (por diversos motivos) , o vice  é sempre um incômodo para o titular desde o início, sobretudo quando de outro partido.   Com  385 páginas, capa do artista plástico Newton Sheufler e prefácio do jornalista Hélio Doyle, “PINGUELA” foi produzido pela editora Otimismo, de Brasília.  Será lançado neste mês de maio: dia 24, na Associação Nacional dos Escritores (707/907 Sul, edifício Almeida Fischer, em frente ao colégio Elefante Branco);  e no restaurante  Carpe Diem,  SCLS 104 , dia 29. Haverá um terceiro lançamento em Minas Gerais ,na Academia Ubaense de Letras. O livro poderá ser encontrado na Livraria da Universidade de Brasília, na Livraria do Chiquinho, também no campus, e  em mais duas ou três livrarias que se interessarem trabalho.