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25 AGO. 2018

Esqueceram de mim

Aylê-Salassié F. Quintão*
               Os partidos políticos não tem a solução para o futuro, nem estão mais sozinhos na travessia da pinguela da história.   Enredados nas promessas e fantasias recorrentes, não se parecem preocupar com os  50 milhões de brasileiros na faixa dos 15 a 30 anos -  um amontoado de gente jovem, boa parcela desempregada  -  que, nas redes sociais, reúnem, no Brasil,   mais de 100 milhões de  internautas. Setenta por cento daqueles que circulam nesse universo são pessoas com um certo grau de informação, e até de politização.   
               Surgem,  nas telas, solitárias e inibidas pelo contexto político, mas tem potencial para  inspirar mobilizações de grandes efeitos e consequências. Nesse espaço não existem líderes carismáticos,  nem partidos tentando abocanhar essa massa  de aparência amorfa, que aflora angustiada com ideias, com críticas  e indignação. Ela se movimenta rápido de cima para baixo, um lado para o outro  e, alguns, até no submundo.   
              Tratam-se de milhões de sujeitos conectados via  Twitter, Facebook, Google, Linkedin, App.net, Identi.ca, What´s up, com potencial bastante para, em 24 horas, fazer uma mensagem chegar aos indivíduos, em qualquer parte do País. Ao abrigo das redes sociais,   opiniões individuais podem, repentina e autonomamente,  inspirar mobilizações de grandes efeitos e causar muitos estragos, como se viu em passado recente.
               O quadro coloca para os partidos políticos convencionais  o dilema, ainda pouco explícito, sobre o caminho a seguir. Tanto eles quanto os seus candidatos  insistem em  transitar  por um emaranhado de casuísmos, distanciando-se dos anseios da população. Este perfil faz emergir enormes preocupações com os destinos de um País periférico, como o Brasil, sem um projeto histórico de Nação, cuja população convive ainda com uma multiplicidade de concepções de mundo, nenhuma surgida da realidade vivida pelos cidadãos  originados por aqui mesmo.
                As sucessivas constituições não conseguem fincar as raízes do povo brasileiro, nem dar  uma cara nova à organização da sociedade.  Os partidos,  na forma como se organizam e se apresentam, não parecem ter a solução para gerir diferenças e democratizar o acesso ao bens comuns. Há  100 anos, aproximadamente, a política é conduzida somente por esses  simulacros partidários, quase propriedades particulares,  à procura das “coisas públicas” para se apropriar .
               Ao sublimarem o Estado como solução para todos os males, - independente das ideologias correntes -  introduzem o fisiologismo oligárquico e anárquico,  amarrando  seus interesses em convenções jurídicas convenientes, dificultando a compreensão, dentro das próprias agremiações, sobre o que é melhor para os brasileiros .  
                 Reduzir o número de partidos é uma panaceia  ilusória. Minha geração aprendeu que todas as organizações e partidos políticos deveriam estar em permanente reflexão, fazendo sistemáticas autocríticas. Mas, somente um ou dois deles tem credibilidade para isso. Outros, seguem  ortodoxias inibidoras, como se o mundo estivesse parado. Fazem com que a militância se movimente  dentro de uma zona de conforto.  E, assim, tudo que é sólido vai se desmanchando no ar. Poucos conseguem ir além.
              Há uma mudança de cenário,  não propriamente rejeitada, mas incompreendida. As gerações conectadas caminham na direção de novos paradigmas . Trazem consigo mecanismos de acesso inusitados, cuja eficácia sugere  a adoção de  governos digitais, forças armadas digitais, ciências digitais, comércio digital, igreja digital, livros digitais, jornais e tvs digitais e inteligência artificial. 
              Esses monstros digitais, invisíveis pelos partidos e candidatos,  estão engolindo os empregos e vão terminar por extinguir também a abundante figura de ministros e parlamentares. Este pessoal atravessa, de fato, uma pinguela da História. Os conectados têm autonomia   para corroer as bases institucionais de uma comunidade, de uma linha de produção,  ou de um País, como um vírus compartilhando problemas e soluções dentro do um espaço que eu chamo de parlamento digital. 
 
*Jornalista, professor, doutor em História Cultural

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COMENTÁRIOS

  • Postado por: Ricardo Coelho dos Santos
    26 AGO. 2018 às 12:21

    Se for assim, então, viva o parlamentarismo digital!

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