Por Ester Abreu Vieira de Oliveira*
O mês de março em que se esteve homenageando a Mulher e se falou de sua atuação pública e privada e do silêncio milenar que vem sofrendo em várias parcelas da vida social e doméstica, quero manifestar brevemente o seu caminhar na arte de escrever, aproveitando-me de uma palestra que pronunciei em Santa Maria de Jetibá, no dia 13 de nov. de 2018, para mencionar o papel socialliterário das escritoras que compõem a ACADEMIA FEMININA ESPÍRITO-SANTENSE DE LETRAS (AFES), que neste ano comemora seus 70 anos de atividade.
-Por que escrevem as mulheres?
-Como ser humano para expressar seus anseios, suas ideias, seus objetivos e para proporcionar-lhe prazer.
-E o que lhe é condenado e foi durante muitos anos em suas atitudes de registrar publicamente pensamentos, inquietações e sonhos?
-É a linguagem da mulher, é o seu poder de expressar-se publicamente, considerado de direito só masculino. Assim foi estimado um atrevimento, uma ofensa igualar a mulher ao homem. Só a ele lhe seria permitido externar sentimentos e produzir a arte de pintar, de escrever e de musicar.
Mas toda arte é objeto de convenções e a figura feminina nas artes, em geral, foi e é ainda vista como menos importante no espaço cultural e no da literatura. Musa, mãe, esposa sem contato com o ambiente externo ao lar se viu impossibilitada de ser reconhecida como possuidora de pensamentos que condissessem com as proposta socioculturais da sociedade ocidental (parte do mundo que participamos).
Por motivos mitológicos, antropológicos, sociológicos e históricos a mulher foi excluída do mundo das artes e da escrita, apesar de o procedimento de escrever ser milenar. Sua marginalização decorre de uma sociedade machista e falocrata.
A prática e o estudo da literatura eram feitos por homens. Eles estabeleciam os conceitos teóricos a respeito da posição da mulher na sociedade. A eles lhes cabia a força física para as atividades da caça, da guerra e dos trabalhos pesados, e à mulher a fabricação dos bens de consumo (tecidos, culinária e trabalhos domésticos) e os cuidados com a prole. Se bem que ler e escrever, a partir da Idade Média, coube a umas poucas mulheres que viviam nos conventos
Da antiguidade Greco-latina, sec. V A.C, tem-se notícia de uma poetisa: Safo. Depois, no Renascimento, aqui e ali, mencionam-se algumas monjas escritoras. Mas só a partir do século XIX encontramos, na Europa, produções literárias feitas por mulheres. São essas vozes que abrirão caminho para o futuro das mulheres ligadas à Literatura e às Artes e as estimularão à produção de romances, poemas, ensaios, obras dramáticas, filosóficas, pictóricas e musicais.
INÍCIO DO RECONHECIMENTO DA ESCRITURA LITERÁRIA
FEITA PELA MULHER NO BRASIL
A escritura (repetimos), durante muitos anos, séculos, pode-se dizer, não figura entre as funções culturais atribuídas às mulheres e continua sendo a mais indicada aos homens.
As mulheres que escrevem são aparentemente frágeis, mas, apesar de não abandonarem seus deveres domésticos, designados como necessários e inerentes, são sensíveis à harmonia da palavra. Suas bravuras as colocam em ação.
A marginalidade exercida à escritura literária das mulheres, no Brasil, imposta por uma sociedade machista não difere da que acontece em outros países. Pode-se dizer que só no final do século XIX surgiu a mulher brasileira como escritora com a paraibana Nísia Floresta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto (1810-1885), principal símbolo do movimento feminista brasileiro, e Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) a primeira mulher a destacar-se na produção literária com contos, romances e teatro. Todavia, apesar de sua variada produção suplantar a de muitos consagrados escritores da sua época, Júlia Lopes de Almeida não foi admitida na Academia Brasileira de Letras (ABL), fundada no século XIX, em 20 de julho de 1897, por ser mulher.
O acontecimento de entrada da mulher na ABL só ocorreu no século XX, em 1977, com a romancista e jornalista Rachel de Queiroz (1910-2003), que deixou uma produção de romances, crônicas, textos teatrais e infanto-juvenis, sendo o seu último romance, em 2004, Memorial de Maria Moura. Mas, depois da admissão de Rachel de Queiroz, no quadro da ABL, já constam 10 escritoras: Queiroz: Dinah de Silveira de Queiroz (1980), Lygia Fagundes Telles (1985), Nélida Piñon, 1986, Zélia Gattai (2001) e Ana Maria Machado (2003) e Cleonice Seroa da Motta Berendinelli (2010).
Curioso é o ingresso de Rachel de Queiroz na ABL ter ocorrido antes de Marguerite Yorcenar, a primeira mulher a entrar na Academia Francesa de Letras, em 1980, entidade fundada, em 1635, por Richelieu, e ser essa entidade o ponto fulcral de partida das demais criadas após ela, inclusive a brasileira. Nessa academia, já foram eleitas oito mulheres.
Interessante também é verificar que a academia de letras espanhola a RAE (Real Academia Espanhola), fundada em 1713, admitiu a cubana Gertúrdez Gomez de Avellaneda, em 1784, mas somente como acadêmica honorária. Até o princípio do século XX a proibição de aceitar mulheres perdurou e só ocorreu esse fato, em 1978, 300 anos após a sua fundação, quando foi admitida Carmen Conde, um ano após a admissão de Rachel de Queiroz, depois de haver muitas rejeições de mulheres. Atualmente foram nove escritoras admitidas, sendo a última Clara Janés, em 2015.
No século XX, no Brasil, o leque de escritoras de renome foi ampliado e são destaques as escritoras Clarice Lispector, Cecília Meireles, Gilka Machado, Adélia Prado, Ana Cristina César, Marly de Oliveira, Olga Savary, Lygia Fagundes Telles, Lya Lulf, Marina Colassanti, Hilda Hilst, Nélida Piñón, Cora Coralina, Stella Leonardo, Elisa Lucinda, entre outras.
PRESENÇA DA MULHER NA LITERATURA CAPIXABA E A CRIAÇÃO DA ACADEMIA FEMININA ESPÍRITO-SANTENSE DE LETRAS (AFESL)
No século XIX, no Espírito Santo, a criação, em 1860, do Colégio Nossa Senhora da Penha e da Escola Normal do Espírito Santo, onde se ensinava gramática, aritmética, música, francês, geografia, história e trabalhos de agulhas (bordados), estimulou algumas mulheres, que ali estudavam, a começar a publicar seus textos em jornais, mas foram criticadas pela sociedade da época que as consideravam com o “espírito livre”, até uma noiva teve o seu noivado rompido por ter publicado um soneto na Gazeta de Notícia.
Mas citaremos o início do empoderamento da mulher capixaba no percurso de escrever com Adelina Tecla Correia Lyrio (1864-1938), professora, pianista, pintora, abolicionista, poeta, e com Orminda Escobar S. Gomes (Viana, 1875-1972), professora e poeta, que escreveu Sonetos, Lendas e Milagres do Espírito Santo, e ganhou, em 1951, o prêmio Cidade de Vitória. Em 1920, Orminda Escobar fundou a entidade filantrópica Associação Santo Antonio dos Pobres do Menino Jesus e organizou e liderou diversas campanhas em favor dos desassistidos. Colaborou nos jornais Comercio do Espírito Santo, (fundado em 1891), A Lira e A Gazeta Literária (fundados, respectivamente, em 1897 e 1899). Era conhecida pelo pseudônimo de Alcina Mary. Entre suas obras, estão: Reminiscências (1951), Vultos Capixabas (1951), Episódios Históricos (1952) Vida e Obra de D. Otávio Chagas de Miranda, Bispo de Porto Alegre (1953). Adelina Tecla e Orminda Escobar foram homenageadas pela AFESL, como Patronas. Adelina, Cadeira 14, e Orminda, Cadeira 9 .
Na década de 1920 algumas mulheres, como Maria Antonieta Tatagiba (1895- 1928) e Haydé Nicolussi (1905-1970), além de publicarem artigos e poemas no jornal publicavam, também, na revista Vida Capixaba. A escritora Haydée Nicolussi teve, inclusive, obras suas traduzidas em francês, espanhol e inglês. Maria Antonieta Tatagiba publicou o livro de poemas Frauta Agreste (1927), Maria Stella Novaes (1894-1891) professora, investigadora interdisciplinar, dedicou-se aos estudos de botânica, apontando variedades de orquídeas de Espírito Santo. Nas suas mais de cinquenta publicações desenvolveu temas sobre o ES: sua História, seu Folclore, e biografias de ilustres capixabas. Ela pertenceu a instituições do país e do estrangeiro, menos a AEL, fundada em 1921. Lydia Besoucher (1908-1997) publicou no Rio de Janeiro contos em jornais e o romance (Inocencia, 1922), ensaios e romances na Argentina. Judith Leão Castelo Ribeiro (1906-1982), primeira mulher a ocupar um cargo na Assembleia Legislativa, escreveu artículos na revistas Vida Capixaba, Canaã, Revista da Educação, e na A Gazeta. Em 1981 publicou crônicas e discursos na sua obra Presença. Virgínia Tamanini (1897-1990), escreveu poesias, romances, contos e peças teatrais, além de ter sido diretora de teatro e pintora e a poetisa e cronista Ilza Dessaune publicou na Revista Capichaba..
Nos anos 80-90 houve um esplendor de produções femininas de escritoras de Vitória, Vila Velha, São José do Calçado, Cachoeiro de Itapemirim, Guaçui, Muqui. Citamos algumas romancistas, poetas, contistas: Bernadette Lyra, Lacy Ribeiro, Alda Estelita Lins, Deny Gomes, Maria do Carmo Marino Schneider, Suzana Villaça, Maria das Graças silva Neves Regina Herkenhoff Coelho, Elisa Lucinda Márzia Figueira.
Francisco Aurélio Ribeiro, em A Mulher na Academia: Histórico e Desafios, faz um estudo da mulher nas Academias de Letras no Brasil e declara que, em 1913, fundada a Academia de Letras do Pará, entre os vinte membros fundadores estava a jovem jornalista capixaba Guilhermina Tesch Furtado (ou Guilly F. Bandeira), nascida em Vitória, em 1890 e, também, a pioneira escritora capixaba a editar um livro.
Em 1921 foi fundada a Academia Espírito-santense de Letras (AEL), mas não foi cogitado nenhum nome feminino como membro, sequer como patrono. Seus membros eram periodistas, juristas e políticos. Nas primeiras 20 Cadeiras, do início de sua fundação, eram os patronos somente homens. Em 1939, aumentou-se o número de Cadeiras para 30 e foi designada a escritora Maria Antonieta Tatagiba patrona da Cadeira 32. Em 1981 houve a entrada da primeira mulher na AEL Judith Leão Castello Ribeiro. A seguir em 1985, foi admitida Neida Lúcia de Mores, em 1986 Virgínia Tamanini, em 1990 Ana Bernardes da Silveira Rocha, em 1996/1, Ester Abreu Vieira de Oliveira, em 1996/2 Maria Helena Teixeira de Siqueira; em 1997, Magda Regina Lugon, em 1997, Maria das Graças Neves, em 1999, Maria Beatriz Abaurre, em 2008, Josina (Jô) Drummond; em 2010 Wanda Alchimin e 2016, Bernadette Lyra.
Na primeira metade do século XX, era escasso o destaque das publicações das mulheres, no ES, e, na década de 40, precisamente em 18 de julho de 1949, começou o movimento oficial para a criação de uma academia feminina, fato que ocorreu em 18 de agosto de 1949. Encabeçavam esse movimento Maria Stella Novaes, Judith Leão Castello, Annete Castro e Arlete Cypreste, com o apoio de alguns acadêmicos da AEL.
Entre os objetivos da AFESL está o de estimular a cultura e mostrar a literatura espírito-santense, buscando revelar o trabalho da mulher, por meio de publicações individuais e em antologias ou revistas, e por meio de reuniões culturais e artísticas, procurando estimular a leitura e o conhecimento da literatura produzida no ES. A AFESL teve como primeira presidente Judith Leão Castello Ribeiro e vice Presidente Anete de Castro Mattos, que se tornou depois a presidente, durante 42 anos.
Foi árdua a luta dessas mulheres para conseguir a fundação de uma academia de letras para mulheres e o fato foi questionado por elas: “por que haver limitações para as mulheres entrarem na AEL uma vez que a legislação política, de todos os países civilizados concediam ingresso à mulher nas assembleias populares” ? A coesão entre as mulheres trará novas forças e incentivo aos elementos da geração que se formava.
A AFESL foi atuante em vários eventos intelectuais durante a longa gestão de Annette de Castro Mattos. Apesar disso, apresentou vários períodos de recesso e completa inatividade.
Fundada a AFESL, houve, a princípio, um movimento de expansão e depois um período de inatividade, até que, em 1992, recuperou a sua força inicial com a presidência de Maria das Graças Neves, aumentando-se o número de Cadeiras, que foram ocupadas por mulheres notáveis na política, educação e na literatura. Judithe Leão Castello Ribeiro tornou-se Patrona da Cadeira nº 1. Foi criado o signo com a deusa Clio, a deusa da poesia, da História e da arte. A alegoria foi pintada por uma artista conhecida pela presidente na época e aprovada pelas acadêmicas. O emblema escolhido foi retirado de um verso da Arte Poética, de Horário: UBI PLURA NITENT (Lá onde brilham muitas estrelas). Hoje a AFESL é composta por 40 cadeiras, mas com o falecimento de Felicidade Albertino Meia, há 39 ocupadas. Seguem os nomes das escritoras e o número das suas respectivas Cadeiras: 1-Regina Menezes Loureiro, 2 - Marília Antunes e Coser, 3 - Berenice Heringer Porcaro Puga, 4- Valsema Rodrigues da Costa, 5 - Maria Filina Salles de Sá de Miranda, 6 - Katia Maria Bobbio Lima, 7 - Maria das Graças Silva Neves, 8 - Karina de Rezende Tavares Fleury, 9 - Luzia Pascoal Cordeiro Machado, 10 - Josina (Jô) Nunes Drummond, 11 - Wanda Maria Bernardi Capistrano Alckmin, 12 - Maria José Menezes, 13 - Marilena Vellozo Soneghet Bergmann, 14 – Maria das Graças Lobinho, 15 – Sonia Maria Rosseto, 16 - Renata Bomfim, 17 - Maria do Carmo Marino Schneider, 18 - Sandra Geralda Amorim Bunjes, 19 - Léa Brígida Rocha de Alvarenga Rosa, 20 – Neusa Glória dos Santos, 21- Vaga, 22 - Sônia Maria Demoner, 23 - Luiza Rocha Sinforosa Vinhosa, 24 - Beatriz Monjardim Faria Santos Rabello, 25 - Ailse Therezinha Cypreste Romanelli, 26 - Valentina Ivanovna Krupnova, 27 - Fernanda de Souza Hott, 28 - Heliana Soneghet Pacheco, 29 - Maria Helena Hees Alves, 30 - Gilcéa Rosa de Souza, 31 - Ester Abreu Vieira de Oliveira, 32 - Magda Regina Lugon Arantes, 33 - Marlusse Pestana Daher, 34 - Maria Beatriz Nader, 35 - Sônia Maria da Costa Barreto, 36 - Neusa Jordem Almança Possati, 37 - Silvana Soares Sampaio, 38 - Regina Helena Magalhães, 39 - Maria Esther Tourinho, e 40 - Sonia Rita Sancio Landrith.
Na AFESL há, ainda, 24 acadêmicas correspondentes: Alda Estellita Lins Nogueira, Ana Maria Machado, Andra Mara Valadares Sarmento, Ângela Maria Martinelli, Aríete Moulin Costa, Arneyde Tessarolo Marcheschi, Bernadette Lyra, Carmen Schneider Guimarães, Cleusa Lurdes Madureira, Denise Moraes, Eliane Queiroz Auer, Elisa Lucinda Campos Gomes, Maria Bernadette Cunha de Lyra, Maria das Graças Ferreira Lobino, Maria do Rosário dos Santos, Maria Dolores Pimentel de Rezende, Maria José Vetorazzi, Maria Lívia Diana de Araújo Marchon, Maria Lúcia Grossi Zunti, Maria Suzi Costa Nunes , Marília Villela de Medeiros Mignoni, Olívia Cerdoura Garjaka Baptista, Soêmia Pimentel e Stella Leonardos da Silva Lima Cabassa.
Há, também 40 mulheres que a AFESL homenageia por suas ações sociais, culturais e literárias, indicando-as como patronas das quarentas cadeiras dessa instituição. São essas mulheres notáveis, indicadas a seguir com o número da respectiva Cadeira: 01- Judith Leão Castello Ribeiro; 02- Maria Antonieta Tatagiba, 03- Virgínia Gasparini Tamanini, 04- Maria Stella de Novaes, 05- Zeny Santos, 06- Haydée Nicolussi, 07- Ricardina Stamato da Fonseca e Castro, 08- Ypoméia Braga de Oliveira, 09- Orminda Escobar S. Gomes, 10- Doralice de Oliveira Neves, 11- Ida Vervloet Finamore. 12- Maria Paoliello Cavalcanti, 13- Yamara Vellozo Soneghet Melchiors, 14- Rosa Adelina Tecla Lyrio Molulo, 15- Ailsa Alves Santos
16- Sylvia Meirelles da Silva Santos, 17- Maria Magdalena Pisa
18- Maria Penedo. 19- Hilda Pessoa Prado, 20- Juracy Loureiro Machado, 21- Maria Marques da Silva, 22- Luiza Grimaldi., 3- Maria Ortiz, 24- Cleusa Carolina Rody Coelho, 25- Zilma Coelho Pinto, 26- Collatina Soares de Azevedo Freire, 27- Odete Braga Furtado, 28- Zely de Paula Simon, 29- Consuelo Salgueiro,30- Carmélia Maria de Souza, 31- Vilma Paraíso Ferreira de Almada, 32- Lídia Besouchet de Freitas, 33- Argentina Lopes Tristão, 34- Marlene Loureiro Serrat, 35- Halza Fraga Ramalhete, 36- Marzia Neves Fernandes Figueira, 37- Léa Manhães de Andrade Penedo, 38- Arlette da Silva Cypreste e Cypreste 39- Guilhermina (Guilly) Furtado Bandeira, e 40- Maria Helena Teixeira de Siqueira.
Após a sua reorganização, em 1992, a AFESL vem tendo atividade mais constante, sempre participando de eventos culturais no Estado. E todas as escritoras que dela participam e ou são homenageadas como patronas são escritoras capixabas.
A antologia da AFESL QUEM É VOCÊ MULHER, (2014) é um exemplo da diversidade de escritura da mulher capixaba e acadêmica. O tema Mulher está variado em sua apresentação quanto ao gênero literário. Até hoje foram 10 as presidentes da AFESL: 1949-1950 Judith Leão Castello Ribeiro, 1950-1992 Annette de Castro Mattos - atuou em vários eventos intelectuais durante a longa gestão, 1992-2002 Maria das Graças Silva Neves; 2002-2004 Marlusse Pestana Daher; 2004 Beatriz de Figueiredo Abaurre; 2005-2006 Regina Menezes Loureiro; 2006-2008 Josina (Jô) Nunes Drummond; 2008- 2010/ 2010-2012/ 2014- 2018 Ester Abreu Vieira de Oliveira; 2012-2014 Silvana Soares Sampaio; e Renata Bomfim 2018-2020.
Assim em agosto deste ano a AFESL faz 70 anos que foi implantada e seu nascimento foi o marco do início de uma era em que se começa a ser respeitada a produção da mulher escritora.
* Professora Universitária e Escritora.