Por Sergio Rogerio de Castro*
Poucos meses atrás, me vali deste espaço para destacar a importância - para o bem dos estados e do país - de uma comunicação ágil e constante entre os governadores e as bancadas federais. Tendo convicção da necessidade desse modelo de comunicação e harmonia, encaro como positiva a vitória de candidatos alinhados com o Governo Federal na Câmara dos Deputados e no Senado.
Olhando de uma maneira otimista, quem sabe agora, projetos de emenda à Constituição, projetos de lei de reformas necessárias e sobre inúmeros outros temas que precisam ser enfrentados, passem a ser pautados com mais agilidade nas comissões e nos plenários para serem discutidos, aperfeiçoados por emendas, votados, sancionados.
Também nos manifestamos aqui a favor de que o Executivo direcione esforços para elaborar um Plano de Desenvolvimento Nacional que seja aprovado pelo Congresso o mais breve possível - sem que, para tanto, se abdique do diálogo com os mais diversos setores da população, é claro. Teremos aí um quadro muito diferente do atual: muito mais otimista e capaz de devolver à população empobrecida, desamparada e descrente, a esperança de dias muito melhores. Que as boas expectativas se realizem e que a alegria do povo supere largamente as suas divergências, a sua atual divisão que nos puxa para trás.
Não sejamos ingênuos! É fato que os alinhamentos na política não são permanentes e tampouco inquebráveis. É preciso empenho e competência para garantir a sua durabilidade.
Uma reforma ainda não pautada, a política, precisa ser aprovada com a redução ainda maior do número de partidos políticos para que tenhamos uma melhor governabilidade e para que os alinhamentos políticos entre os poderes Executivo e Legislativo sejam mais duradouros. Com vida mais longa e, como já mencionado, com racionalidade e propósito, esses alinhamentos poderão ser peça-chave para uma nova fase da política nacional marcada pela tomada de decisões inteligentes, pela promoção de significativas melhoras na gestão da máquina pública e pela colheita de bons resultados que estimulem positivamente o ambiente de negócios de todo o país. Bem-sucedido esse processo, vislumbramos uma conjuntura ideal para que os investimentos do setor privado reapareçam de maneira sólida, pujante, em todas as suas possibilidades, somando-se - numa relação de complementariedade inteligente - a investimentos públicos necessários, tecnicamente muito bem selecionados, com criativo fundo para infraestrutura, específico, com garantias confiáveis, já em discussão pela inteligência brasileira, no rumo de um movimento que possa ser identificado como um novo, promissor e tão esperado Plano de Desenvolvimento Nacional. Plano este que caminhe nas tão faladas direções do desenvolvimento e da justiça social. Começaríamos a recuperar as grandes perdas dos últimos e muitos anos em que crescemos menos do que a média mundial, diferença maior ainda em comparação com os países emergentes. Vamos torcer e especialmente trabalhar a favor, ajudar !
*Engenheiro, Empresário, Presidente dos Conselhos da Escola de Associativismo e do Instituto Arandu.
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