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Crônicas & Contos

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18 AGO. 2021

Circuitos Espírito-Santenses

Circuitos Espírito-Santenses


Por Ricardo Coelho dos Santos*

Meus caríssimos leitores, quero abrir esse texto com algo que não aprecio fazer: falar de mim mesmo. Não só porque nunca gostei do marketing pessoal, e isso me causa algumas dificuldades em disputar cargos eletivos, como também não é adequado usar o espaço que deveria ser para relatar assuntos de interesse, principalmente para os nossos formadores de opinião, fazendo autopromoção.

Porém, para o que quero descrever aqui, tal ação se faz necessária e, portanto, vamos lá!

Sou um Escoteiro. Sou o que se chama de Dirigente Escoteiro que, diferente dos Chefes, que trabalham diretamente com os jovens, conduzindo-os a acampamentos ousados com muita segurança e levando-lhes desafios que fazem desses sob a sua tutela se tornarem adultos empreendedores que geraram da Microsoft a presidência de países, o Dirigente simplesmente trabalha na administração dos Grupos Escoteiros e das suas representações como Distritos e Regiões Escoteiras e a União dos Escoteiros do Brasil. Minha ocupação atual consiste em pesquisar sobre a rica história do Escotismo no Espírito Santo, iniciada pelo pastor Loren Marion Reno, passando por outros nomes grandes como Attílio Vivácqua e tantos outros.

Mas, mesmo me ocupando com a parte mais burocrática do Escotismo, aliviando os Chefes para o seu trabalho gigantescamente nobre, isso não quer dizer que o sangue escoteiro deixa de correr nas minhas veias. Se estou com uma idade que não me permite mais fazer certas estripulias como escalar montanhas e cruzar rios, ainda consigo buscar estradas diferentes para percorrer com meu Jeep e descobrir os grandes circuitos que aqui quero mostrar, incentivando os leitores a cumprirem o mesmo desafio, seja de motocicleta, seja com um bom carro, que não precisa ser 4 x 4, mas minimamente um semi-utilitário. Procure estar acompanhado e, estando de carro, leve um conjunto de boas músicas e algum lanche, pois nem sempre encontramos lugares interessantes para parar e abastecer o estômago. Um bom GPS, de celular mesmo, é importante, não que alguém vá se perder com isso, mas como segurança, pois esse equipamento denuncia curvas fechadas pela frente, permitindo que o motorista reduza sua velocidade a tempo. Existem curvas que mesmo a 20 km/h, se mostram perigosas, forçando um motorista precavido a ir na metade da velocidade.

Dois conselhos: deixem de fora álcool e a pressa. E saibam aproveitar as boas paradas que encontrarem pelo caminho para descansar e mesmo comprar algumas coisas que somente lá se encontra. Principalmente queijos e doces feitos na roça.

Portanto, aí vão alguns circuitos que eu já percorri e que me ofereceram boas aventuras.

Circuito Guarapari: o menos interessante de todos, mas é curto e o aconselhado como o primeiro a ser experimentado. Trata-se em ir para Guarapari pela Rodovia do Sol. Apesar da cidade merecer uma visita, principalmente no inverno, quando a afluência de turistas é baixa, não se torna necessário entrar lá: basta acessar a BR-101 e retornar a Vitória. Recomendo que o GPS esteja atualizado, pois a rodovia federal tem sofrido muitas modificações com as obras. E levem dinheiro em espécie, pois ambas estradas possuem pedágios.

Circuito Presidente Kennedy: esse é bem mais longo. Imaginem o Circuito Guarapari estendido. Peguem a Rodovia do Sol, passando por Meaípe, onde recomendo um pequeno desvio para almoçar ou, minimamente comprar os famosos bolinhos de aipim que podem até ser fritos em casa, e prossigam, passando por Anchieta. O motorista deve ter cuidado porque parte da estrada foi comida pelo mar. Passa-se, também, pela Samarco e pelo Porto de Ubu, que valem a pena serem contemplados. Depois, por Piúma, onde verão o belo Monte Agha. Continuem até Marataízes e daí, Presidente Kennedy, cruzando as encantadoras Itaipava e Barra do Itapemirim. No caminho até à metade do trajeto, podem ser vislumbradas belas paisagens da costa espírito-santense. A sede do município de Presidente Kennedy fica longe do mar, e a cidade é pequena, sem muitos atrativos senão algumas obras municipais novas e modernas. Prosseguindo, se chega à BR-101, onde o aventureiro pode se dirigir a Vitória.


Circuito Vargem Alta: esse é um circuito interessante de se fazer tanto em um sentido como no contrário. Vamos aqui começar pela BR-101. O ousado motorista pode ir até Cachoeiro de Itapemirim, onde vale a parada, pois a Capital Secreta do Mundo esconde um segredo muito pouco revelado: lá se come muito bem, a preços atrativos. Prossegue-se até Vargem Alta, numa subida bem puxada serra acima, compensada pelas belas paisagens, até com um mirante que faz valer a pena uma parada, e continuando até o trevo da BR-262, que é bem explorada pelo turismo, com excelentes cafés pelo caminho, e se desejando, pode se passar por Domingos Martins, onde vale a pena se parar para um café na Rua de Lazer. Uma alternativa é mudar de Vargem Alta para Castelo. Essa viagem também vale a pena.

Circuito Laranja da Terra: esse é um desafio e tanto. Indo pela BR-101 norte, o motorista entra em Santa Tereza ao chegar em Fundão. Eu, particularmente, dou uma esticada a mais até Ibiraçu para comer os pastéis de lá. Esses pastéis deveriam sem tombados como patrimônio cultural! A viagem para Santa Tereza é sempre agradável e a cidade é daquelas que valem a pena uma parada. Prosseguindo, vai-se para Itarana, numa subida para lá de puxada, com curvas muito apertadas e muitos avisos de perigo direcionados aos que se julgam estar numa competição. Mas tudo é compensado por uma paisagem de tirar o fôlego. Prossegue-se até Laranja da Terra, uma cidade pequena que merece uma visita. Me informaram que lá os hotéis são interessantes, mas não os experimentei. Continue o caminho até Afonso Cláudio, se passando por 13km de estrada de barro além de belas vistas dos Pontões. De Afonso Cláudio, se chega facilmente à BR-262, donde o motorista poderá ir tranquilamente a Vitória, podendo se desfrutar também dos bons cafés dessa rodovia federal.

Circuito Alfredo Chaves: a entrada de Alfredo Chaves fica na BR-101, depois do trevo de Guarapari. De lá, dá para se alcançar a BR-262, passando por uma estrada apertada, que muito mal dá para se ultrapassar um veículo lerdo, mas com belas paisagens e fazendas a serem observadas.

Circuito Peixe Verde: a entrada desse fica em Formate, na BR-262, à esquerda para quem sai de Vitória, antes da subida da serra. Pega-se uma estrada de barro longa, que oferece belas visões das fazendas no local. Precisa-se aqui de um bom GPS, pois se encontra muitos entroncamentos sem sinalização. Na dúvida, pegue o caminho mais usado e, no caso de dois iguais, vá no da direita. A saída é na entrada do Circuito da Estação, mas o motorista pode optar por passar dentro da simpática Santa Isabel até o seu portal na BR-262.

Circuito das Três Santas: esse talvez seja o mais famoso do Espírito Santo. Começando em Santa Tereza, prossigam para Santa Maria do Jetibá e, depois, Santa Leopoldina. As estradas têm paisagens muito bonitas. A saída é na Rodovia do Contorno de Vitória, onde recomendo sair por Serra.

Circuito Nova Almeida: depois de comprar um bom sortimento dos quindins de Nova Almeida, escondido, logicamente, do seu Endocrinologista, prossigam até uma bifurcação, depois da ponte, quebrando à esquerda, indo parar em Fundão, na BR-101. Ao chegar lá, o motorista deve ter cuidado, porque alguns GPS sugerem você entrar na contramão.

Circuito Pedro Palácios: antes de Aracruz, depois da entrada por Ibiraçu, parando lá, logicamente para consumir um ou dois pastéis, tem, na altura de um viaduto ferroviário que passa sobre as nossas cabeças, a entrada para Pedro Palácios. Um lugar pequeno e muito simpático. Prosseguindo, vai se sair atrás do Buda da BR-101 num passeio muito interessante.

Muitos circuitos ainda existem e que pretendo descobrir e explorar. O sangue escoteiro meu e de minha esposa o exige. E viajamos ao som de Mercedes Sosa, Chico Buarque ou temas de filmes musicais mesmo, enquanto mal aguardamos a hora de reabastecer nossa casa com biscoitos artesanais, linguiças caseiras e honestas e até brinquedos da nossa época para o deslumbramento dos nossos netos. Já rodaram um pião para alguém com menos de 20 anos?


Engenheiro, escritor e articulista em Debates em Rede.


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COMENTÁRIOS

  • Postado por: Antonio Carlos Hoff
    20 AGO. 2021 às 23:12

    Adorei os circuitos. Pena que moro muito longe. Quem sabe um dia. Estou namorando um circuito de trem que termina em Vitoria. Um abraço ao amigo e companheiro.
  • Postado por: Elias Botelho
    20 AGO. 2021 às 16:20

    Já percorri vários destes circuitos. Voce cita locais onde comer bem. vou contar uma historia para voce , na qual eu fui o responsável. não me lembro o ano, mas foi entre 1978 e 1983. Eu era responsável pelo projeto do ramal ferroviário que ligava a EFVM ao Porto de Aracruz, que estava em Construção para dar vazão a Celulose da fabrica da VALE. O Dr Eliezer Batista queria atrair mais empresas para usufrutuarem deste novo porto e providenciou uma viagem do PIB paulista para percorrerem a citado Ramal. O cronograma previa a chegada em Santa Cruz , as 12Hs, para almoço e dai retornariam para Vitoria de onde partiria um avião fretado de volta a São Paulo. Em Santa Cruza havia um restaurante com frutos do mar, excelente. Providenciei para atender este grupo de mais ou menos 50 pessoas, com um cardápio variado utilizando o conhecimento do Chef local. Já eram 14hs e o pessoal continuava a degustar a refeição e eu preocupado com o horário da saída do avião. Os empresários viraram para mim e disseram que o Restaurante era tão atrativo que muitas empresas se interessariam em abrir negócios, só para desfrutarem dos acepipes. Perguntaram se eu poderia mandar alguém para Vitória para avisar que eles estariam no aeroporto somente as 19Hs. O que foi feito.

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