• Anuncie
  • |
  • Responsáveis
  • |
  • Fale Conosco
  • |
Logomarca Debates em Rede Logomarca Debates em Rede
  • CAPA
  • ECONOMIA
    • Artigos
    • Infraestrutura e Logística
    • Inovação
  • POLÍTICA
    • Artigos
    • Notícias
  • CIÊNCIA
    • Artigos
    • Biológicas
    • Entrevistas
    • Sociais
  • POLÍTICAS SOCIAIS
    • Artigos
    • Educação
  • AMBIENTAL
    • Artigos
  • RESENHAS
    • Artigos
  • CULTURA
    • Artes
    • Crônicas & Contos
    • Vinhos
  • VÍDEOS
  • ANUNCIE
  • EXPEDIENTE
  • FALE CONOSCO

Artigos

  1. CAPA
  2. ›
  3. Política
  4. ›
  5. Artigos

06 JAN. 2023

Passada a "transição", a democracia entra no ar...


Aylê-Salassié Filgueiras Quintão*



Em regime de "tratoragem". Um sinal ruim... Faz lembrar mesmo a "amaldiçoada" Lava Jato. Nada contra a pretensão  do novo Governo de ter o economista Aloísio Mercadante na  presidência do BNDES. É um grande sujeito, político experiente,  e está entre os professores de economia mais admirados do País.  O problema é  tentativa de atropelar  o Congresso Nacional para legislar em causa própria,  comprometendo as expectativas  sobre a nova gestão de Governo, cujos componentes chegam carregados de processos, prenúncio imaginário de milhares de novas jurisprudências no Judiciário. 


Assim foram no passado, as nomeações meritocraticas, e terminou tudo, tudo, tudo  muito mal para os transgressores, para o modelo empresarial,  para os juízes e procuradores, para o Supremo Tribunal Federal..., para o Brasil, enfim.  Deu origem a um retrocesso e  perdas de espaços no mundo. 


A Lei das Estatais 13.303/16 , um dos grandes avanços da República, estabelece  um período de 36 meses de quarentena para quem atuou em estrutura decisória de partido    vinculado a campanha eleitoral,   impedindo ainda    políticos de exercerem cargos de Conselheiro de Administração e Diretorias de empresas estatais.


Mudam-se os tais representantes do povo, mas os procedimentos, vícios regimentais e comportamento parlamentares  são os mesmos. Termina por evidenciarem-se no exercício das atividades públicas e mandatos.  A Câmara dos Deputados aprovou, a toque de caixa em 13/12/22, sem discussão com a sociedade, o PL Nº 2896/2022, alterando sentidos da lei,de  forma a viabilizar para políticos cargos de gestão  nas administrações das empresas estatais.  


A iniciativa não é nova. Em dezembro de 2018, dois anos de aprovada a Lei 13.303/16 foi tentada a primeira adaptação .  A sociedade protestou, com  abaixo-assinados, e a lei foi preservada.  Nos anos seguintes enfrentaram-se novas tentativas  que também não se materializaram. A politicagem está sempre procurando brechas para se infiltrar. E, assim, a sociedade civil, representada nas redes sociais, com seu Parlamento Digital, na informalidade, vai desqualificando o parlamento constitucional  e as tais autoridades afloradas nesse cenário.


O precedente que se quer abrir , com a mudança da  Lei 13.303/16 ,vai, certamente, afetar cerca de 440 empresas estatais. Do total,  139 empresas estão vinculadas  ao governo federal . O restante, aos estados.  Gráficos disponíveis , na internet, mostram que 46% dessas empresas  são  identificadas  como dependentes - maior parte - e não dependentes do  Estado. 


O  Brasil  já teve mais de 600 estatais, a maioria pendurada no Estado. Desde Fernando Henrique, vieram sendo privatizadas  para  livrar os governos dos ônus dos prejuízos ou para  fazer caixa para o Estado. Não são empresas pequenas. A  Petrobrás e o Banco do Brasil já estiveram entre as maiores do mundo. O BNDES  chegou a registrar  ativos superiores aos do Banco Mundial.   


Daí que os governos as usam para suas conveniências programáticas. Os maiores efeitos são mesmo sobre  a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, e o BNDES, que chegaram a fazer  parte de um  modelo chamado de "empresas campeãs"- programa chinês para captar recursos e tecnologias  externas. Hoje, por lá, começa a dar problemas. Por aqui também aconteceu isso. Serviu de lição? Ou vamos tentar mais uma vez com o BNDES?


Além disso, as estatais são  uma fonte de empreguismo e de alavancagem de  salários paralelos para os emplacados nos ministérios e os incorporados como conselheiros nas empresas a eles vinculadas. Cada conselheiro de uma empresa estatal recebe altas remunerações ,  dizem que é para completar o salário de ministro, cerca de R$30 a R$ 35 mil, mais as mordomias e o constante pinga-pinga de diárias de viagem. Em geral, os ministros das pastas econômicas são também  conselheiros, e reforçam seus salários nas estatais. O Presidente do BNDES, da Petrobrás e do Banco do Brasil  tem salários   de quase  R$ 150 mil por mês.     Nas informações  públicas para a mídia, todos anuncia lucros, até extraordinários  , mas a maioria dos balanços de final de exercício expõem os prejuízos.


Os acionistas não são páreo para o Estado nas votações dos privilégios nas  grandes empresas .Todas, com poucas exceções, dão problemas para os governos, mas, ambiguamente, são as responsáveis por manter as atividades econômicas do Estado, quando os orçamentos ´públicos são escassos. Conectadas à elas estão os famosos Fundos de Pensão, que prometem assegurar  aposentadorias e  coberturas para a saúde dos servidores.  Os governos tem sido os maiores parceiros desses fundos, e alguns  chegaram a fazer uso deles, sem sucesso, para fechar  contas e tentar salvar empresas falidas.  


 Por esses e outros artifícios, as redes do Parlamento Digital  estão pedindo ao Senado para não aprovar o  PL Nº 2896/2022, apelidado de "Emenda Mercadante" , que modifica a Lei das Estatais 13.303/16, e abre , sem o menor escrúpulo, com a conivência do Congresso Nacional, a porteira para os políticos desfilarem pelas 440 estatais. Pela lei em vigor, Mercadante estaria impossibilitado de assumir o BNDES. Mas, parece que o governo quer começar passando um trator sobre os mal feitos e as armadilhas que o atual  está deixando maldosamente para trás, seja no Executivo, no Legislativo e até no Judiciário. É uma "tratoragem" mesmo!Faz parte da democracia....


*Jornalista e professor


POSTAR UM NOVO COMENTÁRIO

COMENTÁRIOS

Não há comentários postados até o momento. Seja o primeiro!

LEIA TAMBÉM


Política| 09 JUN. 2025 Trump e Musk: do amor e da ternura ao ódio
Política| 02 JUN. 2025 Corrupção e democracia
Política| 22 MAI. 2025 Bolsonaro: viciado em Pix
Política| 12 MAR. 2025 “Ainda estou aqui”: a nova derrota de Bolsonaro
Política| 06 MAR. 2025 Os neandertais
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência do nosso site. Ao contínuar navegando em nosso site, você concorda com o uso de cookies.  Saiba mais.
Eu concordo
  • CAPA
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • CIÊNCIA
  • INOVAÇÃO
  • AMBIENTAL
  • RESENHAS
  • CULTURA
  • VÍDEOS
  • ANUNCIE
  • RESPONSÁVEIS
  • FALE CONOSCO
Logomarca Debates em Rede

É um espaço para quem gosta de escrever, de ler e de ter opiniões bem fundamentadas sobre economia, política, ciências, inovação e outros temas que afetam o cotidiano das pessoas, sempre por meio de artigos, notas, comentários e informativos facilitadores do debate e da reflexão. Ao leitor há sempre espaço reservado para interagir com os articulistas, basta registrar o comentário ao final do texto.

RECEBA NOSSOS INFORMATIVOS

FIQUE CONECTADO

© 2025 DEBATES EM REDE | Política de Privacidade

ClickAtivo Desenvolvimento de Seftware