Por: Adolfo Breder
Em abril rememoramos a luta do mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier,mais conhecido pela ALCUNHA de Tiradentes. Em respeito ao nosso herói, reescrevo a frase:mais conhecido pelo APELIDO de Tiradentes. Desculpem-me, mas não consigo mais pronunciaraqueles cinco fonemas juntos sem sofrer uma profunda e democrática cólica visceral. Vamos emfrente...
Revisito meus tempos de jovem universitário,ao saber da ocupação das escolas públicas de Ensino Médio, abandonadas à sua sorte pelo estado privatizado. Na verdade, MAIS ABANDONADAS AGORA! Porque Educação étema que integra todas as campanhas eleitorais, mas não interessa um povo consciente aos posseiros de gravatas tortas. Na época da ditadura, muitas vezes nos aquartelamos na PUC e, de madrugada, atravessávamos o Túnel Rebouças em direção à Ilha do Fundão (UFRJ). Nosso objetivo era chegar antes que as forças repressivas acordassem para seus cotidianos ritos autocráticos de demonstração de podres poderes. Foi assim que conseguimos reabrir os proibidos DCEs (Diretórios Centrais dosEstudantes)!
Agora que, o WhatsApp, o Facebook e distrações de toda sorte disputam nossa atenção, fiquei admirado de ouvir falar de estudantes acampados com uma organização de dar gosto. Estou interessado em visita-los e compartilhar dessa rebeldia saudável de participação ativa na cobrança de direitos usurpados e de exigência de diálogo na condução dos nossos destinos. Dá alegria e esperança ver essa ocupação de espaço político. Essa ocupação pelo exercício denossos papeis de atores da cidadania. Bravo!
Foto: Centro do Rio - do autor.