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Brasil em 2016: Expectativas Econômicas e Políticas

Por: Guilherme Henrique Pereira*


Iniciamos 2016 com a habitual enxurrada de estimativas sobre o desempenho da economia nos próximos períodos. Neste aspecto, quase nenhuma diferença em relação nos anos anteriores. Quase, porque é necessário ressalvar que neste ano as chamadas consultorias internacionais e escritórios de classificação de risco parecem mais assanhados diante de uma possível “carniça”. 


Hoje mesmo (04/01) uma tal de Eurasia divulgou um relatório afirmando que o Brasil estará entre os 10 maiores riscos globais em 2016.  Opina também sobre o cenário político avaliando possibilidades com Dilma e com Temer. Considera pouco provável o impedimento de Dilma e diz que seria melhor a condenação sobre irregularidades na campanha, o que permitiria  uma nova eleição e, portanto, a oportunidade de um novo início. 


A continuidade com Dilma aprofundaria a crise, porque o processo para escapar do pesado julgamento lhe imporia tantos compromissos que a tornaria sem forças para as reformas e cortes necessários dos gastos.


Temer, como alternativa, poderia até trazer uma onda inicial de otimismo para unir o país, mas, o crescente cerco das operações anti-corrupção a muitos políticos de seu partido poderá lhe trazer também vulnerabilidades ou falta de credibilidade para  conduzir  os ajustes requeridos.  Em resumo, o seu relatório é muito pessimista 


Essas análises, com pose de “científicas”, recebem larga divulgação da grande imprensa e, de fato, há possibilidade de realmente influenciarem o funcionamento do mercado, pois muitos acreditam que é possível prever o futuro, caso em que pode surgir um movimento do tipo “ manada “ e o efeito propugnado realmente acontecerá. Esse é o maior risco dos países emergentes – ou que vivem crises internas, como o Brasil de hoje - porque são mais atraentes para as profecias dessas consultorias. Quanto maior a soberania ou a presença de uma nação no contexto mundial, maior o respeito e cautela desses escritórios em fazer previsões, sobretudo as negativas. 


No entanto e para a nossa sorte, o que mais se observa é o elevado percentual de não acerto das previsões quando comparados indicadores estimados em janeiro com os realizados no final do ano. O que mais se houve durante o período é “a previsão y” foi ajustada para “x”, segundo o último boletim, demonstrando mensalmente a fragilidade das previsões. De qualquer modo temos que conviver com elas.  E seguem aí as  previsões das principais variáveis de fechamento de 2015 e previsão para 2016. Importante que sejam registradas para verificação se teremos surpresa quanto ao percentual de acerto daqui a doze meses. (números entre parêntesis indicam sinal negativo)



         O que há de muito diferente neste início de ano é a absoluta incerteza no campo político. É bem verdade que já há muitas apostas na tese de que o impedimento não vingará. Mas, ainda há muitas definições de ritos e negociações em curso que poderão mudar o cenário mais provável diariamente quando o Congresso voltar a funcionar. O mercado parece não acreditar que essa crise política fará alguma diferença para o desempenho da economia em 2016 – embora o discurso seja outro - e continua normalmente fazendo suas previsões, sem distinguir cenários para uma e outra alternativa.


Em uma avaliação com perspectiva de médio prazo, de fato pode ser sensato acreditar que qualquer lado que seja o vencedor não reunirá pré-condições, políticas e de projeto de nação, para estabelecer os acordos necessários em torno de uma política econômica e de desenvolvimento que é atualmente requerida pelos mais de trinta anos de baixo crescimento que vivenciamos.


Na perspectiva conjuntural – curto prazo – a possibilidade de um desempenho da economia em 2016 razoavelmente melhor do que as previsões correntes não deve ser descartada. Se mantiver o atual governo é porque conseguiu reunir um apoio político importante, embora, insuficiente para aprovar reformas relevantes. Terá a vantagem de já ter planos e programas em andamento, governança já montada e o aprendizado da necessidade de conter os gastos. Este ambiente favorecerá o desempenho econômico.


Na hipótese de um governo Temer, da mesma forma, é porque conseguiu apoio político bastante para isso, mas, certamente será também insuficiente para construir e consolidar um novo projeto para o Brasil. Todavia, haverá um otimismo inicial pela novidade que poderá favorecer o ambiente de negócios por alguns meses, permitindo um desempenho no ano melhor. Contudo, o desafio de elaborar e implementar um projeto de viés liberal, desmontar e montar uma nova governança, equilibrar-se com forças políticas de apoio marcadas pelas denúncias, requerem rupturas expressivas para as quais ainda não vislumbra correlação de forças políticas competentes para tanto. Tais ruídos políticos suplantará o otimismo da novidade inicial e o ambiente de negócios retomará seu viés negativo para os investimentos e crescimento. 


O terceiro cenário possível é o da condenação da chapa Dilma/Temer por irregularidades durante a campanha. O julgamento deve ser concluído até maio. Com menos da metade do mandato concluído, a constituição determina uma nova eleição. Neste momento, tudo indica que nos deparamos aí com uma incerteza ainda maior. É óbvio que a expectativa atual é positiva em relação a começar do zero de novo, mas, qual é a liderança que se destaca para essa monumental tarefa? Eis aí a grande fonte de incerteza nesse cenário.


* Doutor em Ciências Econômicas, Professor.

** Publicado também em Folha Diária.


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