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Inovação

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13 JUL. 2017

Sonhos de Taciana


Aylê-Salassié F. Quintão*
 
 
             “Sonho para o Brasil  com o dia em que alguém desenvolva uma nova patente, publique uma pesquisa importante ou ganhe um prêmio Nobel, e os  estranhos digam: Tinha que ser brasileiro!” Essa é  a esperança interrompida de milhares de jovens neste País , expressa em uma constrangedora palestra na Universidade Harvard (EUA),  pela curitibana, de 22 anos, bolsista em bioengenharia, Taciana Pereira, levando às lágrimas os presentes, inclusive o juiz Sérgio Moro, também convidado.
 
              Embora o Brasil seja reconhecido internacionalmente  pelas suas  virtudes  naturais,  elas parecem muito acima da qualificação dos seus dirigentes. Mergulhados numa crise sem fim, governo e economia  sobrevivem, há quatro anos, deixando  deslizar sem rumo  o futuro de milhares jovens e trabalhadores.  Desqualificado pelas agencias de avaliação de risco, o Brasil  se beneficia da liquidez do mercado e da disposição de investidores estrangeiros corajosos que ainda acreditam  nas potencialidades do País .
 
           Delicadíssima a situação atual da economia. Uma repentina fuga de capitais, tal como aconteceu na Argentina,  pode levá-la à bancarrota, restaurando os níveis de pobreza absoluta, à semelhança do que ocorreu lá também. A tábua de salvação são os R$ 350 bilhões em reservas.  Mas, se houver necessidade de recorrer a elas, os brasileiros terão chegado ao fim do túnel.
           
                A injeção de  R$ 38 bilhões na economia, provenientes dos saques no Fundo de Garantia, tirou 70 % dos devedores da condição de inadimplência, mas 24% não conseguiram regularizá-la.  Para  além disso, um grande número dos favorecidos com a estratégia do Governo tem evitado fazer compras: só o necessário. Usa a poupança para impedir que o dinheiro desapareça,  o que dificulta um fôlego novo na economia.    
              
          Há esperança de que os aportes do FGTS possam alimentar a travessia da economia até dezembro, quando a produção é naturalmente aquecida pelas festas. Até lá, a  travessia parece cada dia mais obstruída e a vida das pessoas dramática.  O uso desse dinheiro para amenizar a crise do emprego  trouxe um certo alívio sim, mas ficou evidente  que o crescimento da poupança e a deflação não deram ao brasileiro a segurança de que tudo vai retornar à normalidade  em breve.  
 
           Na medida em que as delações se ampliam, novos personagens afloram, anuviando o panorama. Há um receio, potencializado pelos discursos correntes, de que a Pinguela caia. O Banco Central acaba de rever para baixo as projeções do crescimento em 2017. É uma sinalização para a possibilidade de um prolongamento da crise e da inamovibilidade do desemprego. O governo tenta sobreviver e reanimar o sistema produtivo com o anúncio das reformas, esperando também amenizar as emulações  políticas. Mas, a oposição insiste em refutá-lo, denunciando atitudes e práticas delituosas dos dirigentes que, embora requeiram ainda “materialidade apropriada”, leva à perda gradual da confiança. A caravana passa, a reforma trabalhista está sendo aprovada, mas  não acaba aí.
 
              Do outro lado está,  supostamente,  FHC - o criador da Pinguela - viajando, “de férias”, para a Europa, mas  defendendo a renúncia do Presidente e as eleições diretas. Seu partido, o PSDB, com as bases estremecidas, já não está certo de apoiar o Governo. Um grande número de correligionários de Temer, também não.  
 
           “Ninguém aguenta mais o governo Temer”  , diz o suspeito senador Renan Calheiros,  que defende a substituição constitucional pelo o atual presidente da Câmara. Para que serviria isso? Para aprovar as reformas necessárias e completar a travessia até as eleições de 2018? A Oposição reage. O PT  lidera a pregação pelas eleições diretas já.     
           
            Há uma bateria de fogo concentrada na direção de Temer .  Começa nos sindicatos, passa pela Procuradoria Geral da República , avança pelo Congresso e sobe ao Supremo. Não sinais de contemporização. O Presidente está acuado em cima da Pinguela. Simular segurança e força com um discurso positivista. Entre os próprios companheiros de legenda há quem esteja convencido de que o melhor para o País seria a renúncia. Rodrigo Maia (DEM-RJ) deveria ser o substituto imediato, e o possível condutor de uma  “inevitável e tumultuada travessia” representada pelas reformas da previdenciária e a política. Conseguiria?!
 
         Em reunião do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, Lula  enfatizou que: “Rodrigo Maia deve estar se preparando pra ser o próximo presidente da República como seguidor do golpe, e não podemos achar que um golpista é melhor do que outro. Golpista é golpista”.
 
           A crise instalada não se alimenta, portanto, somente da delinquência institucionalizada, que não inocenta o ex-presidente, mas também pela resistência do seu partido em assumir a responsabilidade pela crise que gerou. Para se proteger , decreta intencionalmente a continuidade do caos. Não há uma iniciativa que atenue. Falta diálogo, criatividade e mais rigor da lei. Nesse momento, governante parece ser mesmo protagonista de “um filme de terror”. As vítimas são as novas gerações e os próprios trabalhadores. Assim, preocupa o destino  que terão, lá em Harvard,  os sonhos de Taciana, se a Pinguela cair?
 
*Jornalista, professor e doutor e História Cultural

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