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19 JUN. 2018

Brasil: os riscos de uma nova recessão


Por Fabrício Augusto de Oliveira*

Para os otimistas de plantão do governo e do mercado que apostavam que o Brasil encetara a marcha de uma recuperação sólida no início do ano e que o crescimento poderia chegar a 3%, em 2018, e a 4%, em 2019, viabilizando até mesmo as pretensões de Michel Temer de ser candidato à presidência da República, os últimos números da atividade econômica revelam que as coisas não andam tão bem assim com essas previsões, com o país correndo o risco de estar novamente a caminho de uma nova recessão.

Nem os números do PIB do primeiro trimestre do ano confirmaram essas expectativas mais otimistas, com um crescimento de apenas 0,4% em comparação com o trimestre anterior, com fraco desempenho do consumo e do investimento, que registraram expansão de 0,5% e 0,6%, respectivamente, nem os resultados já divulgados deste segundo trimestre têm se apresentado promissores.

Com o desemprego se mantendo firme na casa de 13% da população economicamente ativa (ou em torno de 25% se se considera os empregos precários e sub-remunerados), o elevado endividamento das famílias e das empresas, diante do lento crescimento da renda, bem como a escassez do crédito e, sem ter realizado qualquer reforma importante para desbloquear os entraves do crescimento, não havia nenhuma razão para o governo continuar mantendo a previsão de uma expansão de 3% da economia, a não ser por motivos eleitorais inconfessáveis.

Se, no entanto, ainda parecia, até há pouco tempo, ser possível atingir uma taxa de 2%, para a qual começam a tender as novas projeções governamentais, as mudanças recentes tanto no cenário interno como no internacional estão desfazendo qualquer ilusão a este respeito. A greve dos caminhoneiros que se prolongou por duas semanas, impôs custos elevados para a economia, com desabastecimento para a produção e o consumo, desvelando um governo sem força e legitimidade para lidar com essa situação, se soma agora nova turbulência internacional com a elevação dos juros americanos para o intervalo de 1,75% a 2%, instabilizando os mercados financeiros, principalmente das economias emergentes.

Com o cenário interno frustrando as previsões de uma recuperação sólida e contínua, junto com a deterioração do ambiente financeiro, que se tem observado com a desvalorização do dólar e a elevação dos juros futuros na economia brasileira, e com as incertezas políticas colocadas por um governo sob investigação e sobre a eleição do novo presidente, as mais recentes projeções do PIB começaram a despencar, com algumas instituições já prevendo que este poderá reeditar o de 2017, que foi de magro 1%. Como ainda nem fechamos o primeiro semestre do ano, e o segundo parece estar indicando uma paralisia da atividade econômica, diante deste cenário nada animador, não será nenhuma surpresa se nem mesmo essa previsão agora bem menos otimista não se confirmar.

A economia é movida a paixões, interesses e expectativas de que estes sejam atendidos. Embora tenha realizado duas reformas que agradaram o mercado – a do congelamento do teto dos gastos públicos e a reforma trabalhista –, que em nada alimentam o crescimento econômico, o governo não conseguiu levar adiante a reforma que considerava mais relevante – a previdenciária – para fazer avançar e consolidar o ajuste primário das contas públicas, devido à paralisia que dele tomou conta para barrar a autorização para investigação do presidente pelo Congresso Nacional. A frustração das expectativas do mercado com a não realização dessa reforma, indicando que o desajuste fiscal só tende a aumentar, como mostra a evolução da relação dívida/PIB que caminha para a casa dos 80%, esfriou as paixões e enfraqueceu os interesses dos agentes econômicos no investimento e no consumo. A nova rodada de frustrações dessas expectativas que deve se aprofundar até o final do ano, representa não poucos riscos para o retorno da recessão ao país.

*Doutor em economia pela Unicamp, membro da Plataforma de Política Social, articulista de Debates em Rede e O Beltrano, e autor, dentre outros, do livro “Política econômica, estagnação e crise mundial: Brasil, 1980-2010”.
 

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