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Educação

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29 JUL. 2020

Educação híbrida: outro tipo de presença no mundo

Aylê-Salasssié Filgueiras Quintão* 

A data de retorno às aulas nas escolas está se aproximando. Um novo modelo pedagógico deve sair do forno.  Tende mesmo a ser batizado como “Educação híbrida”, método de ensino que combina a interação presencial com a online no processo educativo que se desencadeará no pós-Convid e, sobretudo, a partir de 2021.  

Os políticos estão interessados mesmo é com o Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica - e seu orçamento de R$ 180 bilhões para ser redistribuído entre os 5.500 municípios. Poucos, inclusive no meio acadêmico, pararam ainda para avaliar o impacto da inteligência artificial que começará a entrar em campo nas escolas.             

Os professores vão ter de virar madrugadas e revirar bibliografias – até de Games - procurando alternativas didáticas para adaptar-se ao meio digital. Se já não estão fazendo, estão perdendo tempo ou conspirando em silêncio contra a nova metodologia, que pode deixar muita gente boa e muita instituição de fora.  Ensino presencial e online prometem andar juntos. E a pandemia? Ah! A pandemia?!...Isso é preocupação para os mais idosos, ouvi alguém dizer.

Os estudantes, na faixa entre 12 e 25 anos, consideram-se verdadeiros atletas da saúde e, por isso, imunes: são “nativos digitais”, filhos do Terceiro Milênio e da ultramodernidade (Pfohl, 2014). Pertencem àquelas gerações estigmatizadas por suas habilidades e velocidade de raciocínio como X, Y, Z. Seria um tipo de “novo normal”. Essa presunção, que tende a se transformar em uma ortodoxia, recomenda que os estudantes sejam agora o centro da aprendizagem. São eles que procurarão o conhecimento e o construirão. O professor será uma peça estratégica desse conhecimento, procurando aproximá-los do real.  

A “Educação híbrida” manterá a conectividade virtual do aluno com a escola, com os professores e com os colegas. O espaço físico e a forma de ensinar e de aprender vão mudar. Já estão mudando.  Essas gerações galácticas tem linguagem, glossário, códigos e soluções próprias para se fazer representadas no mundo.  Diferenciam-se ainda em concepções de vida: uma babel cultural provocadora de novos sentidos. Significa quase uma sentença de morte para os heróis iconografados na história e, no presente, para o cidadão analógicos - aqueles que não dominam habilidades digitais. 

Esse quadro não deveria ser surpresa para ninguém. Dez a quinze anos atrás a,  o criativo  publicitário Nisam Guanaes,  envolvido em campanhas educacionais,  chamava a atenção para o fato de que: “se  alguém pretender pensar diferente e ver como tudo está mudando, ouça os filhos, os netos, os amigos deles”. Segundo Vargas Llosa, aqueles respeitáveis senhores de barba branca que inspiraram até recentemente a juventude da segunda metade do século XX passaram a ser vistos como dinossauros (Rupturas, 2014, p.161).  

As portas estão abertas para a “Educação híbrida”. A legislação em vigor permite que sejam oferecidos até 40% dos conteúdos e atividades de um programa presencial no formato de Ensino à Distância (EAD). Os custos tecnológicos são  uma barreira. Nada que o Fundeb não possa resolver. Reduzi-los exigiria padrões, que se conseguiria com escala. Esta parece ser a meta das novas políticas públicas para a educação. Os conselhos de educação temem que a amplitude do modelo possa  precarizar as formações profissionais e científicas. Afinal, a classificação das universidades brasileiras no ranking das melhores está muito baixo.  A qualidade da educação nesse novo modelo carece ainda de formulações pedagógicas mais consistentes.

Ao chegar à educação superior, sobretudo nos cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) o  ensino remoto vai permitir ao aprendizando estudar no horário que achar mais conveniente, montar seu currículo de conformidade com o tema científico ou profissional pelo qual optou e cursar as instituições acadêmicas de maior prestígio: Harvard, Columbia, Oxford, Sorbonne e até brasileiras como a USP, a UnB,  a UFSC, a UFPe e algumas privadas que, tecnologicamente, começam a andar à frente das públicas .  


*Jornalista e professor.


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