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Inovação

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11 JUL. 2024

Empreendedorismo e inovação universitária: política para desenvolvimento de empresas juniores e lideranças jovens

Por: Bárbara Juliana Pinheiro Borges*, Pedro Henrique Santos De Marchi** e Ednilson Silva Felipe***



O Brasil é referência mundial no movimento das empresas juniores e, atualmente, conta com 1.397 EJs ativas. Além disso, o Brasil foi o primeiro país a disciplinar o funcionamento das empresas juniores. Esse movimento se iniciou na França em 1967 e chegou ao Brasil em 1988 em São Paulo na Fundação Getúlio Vargas, e ampliando-se para todas as regiões do país.

A Brasil júnior é a instância em nível nacional que representa as empresas juniores e trabalha em conjunto com as Federações, que são as representantes estaduais das EJs. No Espírito Santo, a responsável é a JuniorES que desde 2008 acompanha esse movimento no estado.

Atualmente, no Brasil, o tema é regido pela  Lei n° 13.267/2016, que disciplina a criação e a organização das associações denominadas empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino superior. Esta lei identifica as empresas juniores como associações civis com Registro Civil das Pessoas Jurídicas e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, vinculadas às instituições de ensino por meio da extensão.

A extensão, em sua lógica da indivisibilidade entre ensino, pesquisa e extensão, foi curricularizada em atenção à Resolução n° 07/2018, do Conselho Nacional de Educação (CNE), que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei n° 13.005/14. Assim, as atividades de extensão passaram a compor o currículo dos cursos de graduação com carga horária atribuída. Nesse sentido, a existência de uma empresa júnior no curso de graduação ou num coletivo de cursos atende uma proposta pedagógica-normativa e traz inovação para o engajamento dos/as estudantes.

A empresa júnior é formada por estudantes de graduação regularmente matriculados. Esses alunos desenvolvem trabalho voluntário e, com responsabilidade, compromisso e qualidade técnica oferecem produtos e serviços à sociedade, sob a supervisão de docentes, técnicos/as e estudantes de pós-graduação.

Embora o objetivo  da empresa júnior não seja auferir lucro, caso seja apurado, ele deverá ser totalmente reinvestido na empresa. Isso é feito através de investimento em insumos para produção, cursos para os membros, subsídio para participação em eventos para os membros, melhorias na sede da empresa, etc.

Com ideário exclusivamente técnico, é  importante ressaltar a vedação legal da propagação de qualquer forma de ideologia ou pensamento político-partidário por meio da empresa júnior, embora estas possam prestar serviços ou vender seus produtos para partidos e políticos, tendo-os como clientes apenas.

Além disso, existe um código de ética a ser seguido por todos os membros empresários e empresárias juniores, garantindo a seriedade, o apartidarismo e profissionalismo do movimento.

Outro aspecto que merece destaque é o apoio institucional. Por se tratar de uma organização ancorada na estrutura universitária, o apoio institucional é fundamental para o surgimento, desenvolvimento e consolidação das Empresas Juniores. Para tanto na UFES, existe um Material de Apoio para o Credenciamento das Empresas Juniores nos Centros de Ensino e Registro como programa de extensão na Pró-reitoria de extensão (Proex/UFES), elaborado pela equipe da Proex que apresenta um roteiro para quem quiser iniciar essa jornada.

A política da universidade sobre a matéria vem se expandindo, com o mapeamento de todas as empresas juniores da instituição, seu estágio de maturação e as necessidades prioritárias. Está previsto, ainda esse ano, um evento técnico-científico para congregar essas equipes. Hoje são cadastradas 17 empresas juniores federadas na UFES e 22 no total, com aproximadamente 329 membros.

A participação em uma empresa júnior sempre exigirá esforço e muita dedicação, mas, por outro lado, traz frutos para a carreira do acadêmico e da acadêmica. Segundo Pedro De Marchi, diretor de impacto no ecossistema da JuniorES, “estar em uma EJ é um processo constante de se colocar em situações de desconforto para se desenvolver saindo delas. Os/as estudantes acabam desenvolvendo competências e habilidades que não teriam oportunidade em outras atividades”.

Exemplo disso é a liderança e a gestão de conflitos. Como é preciso gerenciar uma verdadeira estrutura empresarial, só que em menor escala do que em uma sênior, os/as membros precisam saber conduzir  equipes, solucionar problemas reais da empresa, dos/das fornecedores/as e dos/das clientes, cumprir prazos, atender demandas com qualidade técnica, dentre outras atividades. Enfim, pode-se adequar a personalidade e habilidade de cada membro da equipe às diversas áreas dentro da empresa (presidência, vice-presidência, marketing, gestão de pessoas, contabilidade, gestão de projetos, etc), fazendo com que o trabalho flua melhor. É a oportunidade de experienciar vários setores para ir para o mercado, após a conclusão da graduação, com expertise e know-how diferenciados.

Outro ponto interessante da empresa júnior é que ela promove uma cultura de empreendedorismo e inovação, porque lida com clientes reais em situações reais do nicho de atuação. É preciso ser criativo para apresentar soluções criativas, se consolidar e expandir sua participação no mercado. Para além do diferencial de preços, as empresas juniores vão bem além: os/as estudantes estão comprometidos com a qualidade e vanguarda dos produtos e serviços, sempre amparados pelo conhecimento, experiência e sabedoria dos docentes, técnicos e estudantes de pós-graduação supervisores/as.

Aspectos como cultura e estrutura empresarial, planejamento estratégico, gestão do conhecimento e de inovação estão todos presentes no dia a dia das empresas juniores, o que aumenta significativamente o aprendizado de seus membros, ainda que  não sejam da área de administração e afins. Por exemplo, na área da saúde, um/uma profissional médico/a, dentista, nutricionista que irá montar seu consultório ou espaço de saúde, deverá aplicar na prática os conhecimentos teóricos dos aspectos burocráticos para o desenvolvimento de sua atividade profissional.

Por certo, os estágios realizados durante a graduação enriquecem a experiência profissional, mas merecem ter reforço quanto aos tópicos administrativos, fiscais, contábeis, jurídicos e sanitários. Dessa forma, a UFES vem fortalecendo o movimento e construindo uma política mais ativa e próxima das empresas juniores da instituição nesta nova gestão.

*Professora Doutora do Departamento de Ciências Farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde da UFES, Subcoordenadora do Laboratório de Pesquisa e Extensão em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da UFES e idealizadora da primeira empresa júnior interprofissional em saúde da UFES.
**Diretor de impacto no ecossistema
Juniores da Federação de Empresas Juniores do Estado do Espírito
***Pró-Reitor de Extensão - PROEX/UFES, Coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Espírito Santo - CEPEDES, Coordenador do Observatório do Desenvolvimento Capixaba - ODC e Professor Doutor do Departamento de Economia - UFES

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COMENTÁRIOS

  • Postado por: Nayara
    11 JUL. 2024 às 12:36

    De longe, um dos melhores projetos de extensão que participo dentro da universidade. O poder de aplicação prática e vivência em gestão dentro do Movimento Empresa Júnior agrega demais na nossa formação em quanto profissionais!!!!

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